A tática da ‘melhor defesa é o ataque’ foi utilizada hoje pela “tropa de choque” do governador Flávio Dino (PC do B) na Assembleia Legislativa. O líder do Governo, o deputado Rogério Cafeteira (PSC), assumiu a missão de mudar o foco, e ‘atirar no calcanhar de aquiles’ da atual gestão, o ex- secretário de Saúde, Ricardo Murad.
A denúncia é em relação ao Hospital de Rosário, segundo Cafeteira mais de 4 milhões teriam sido gastos para a construção, mas, sem a efetivação da obra.
Diferentemente de Flávio Dino, que prefere atacar a ter que explicar, nesta terça (30), o ex- secretário de Saúde, Ricardo Murad, fez questão de se posicionar sobre às denúncias feitas pelos governistas, no que diz respeito a construção do Hospital de Rosário – emitindo Nota de Esclarecimento – Veja abaixo:
NOTA DE ESCLARECIMENTO
A respeito de acusação feita pelo governo Flávio Dino, em mais um de seus factoides, com informações manipuladas sobre a obra do Hospital Regional de Rosário e com o único intuito de atacar a minha gestão à frente da Secretaria de Estado da Saúde (SES), esclareço:
1 – Foram realizadas quatro medições na obra do Hospital Regional de Rosário que resultaram no pagamento total de R$ 4.856.696,10, em valores totais faturados em dois grupos de serviços cuja efetiva execução pode ser facilmente comprovada, numa simples visita à obra e aos registros da Secretaria de Estado da Saúde (SES);
2 – Serviços preparatórios ao custo total de R$ 1.178.400,93, que envolvem:
2.1 Instalações provisórias, taxas, ligações de água e Luz, canteiros de obras e tapumes;
2.2 Mobilização de equipamentos, levantamentos geotécnicos e topográficos;
2.3 Administração da obra e detalhamentos de instalações especiais hospitalares;
3 – Serviços de terraplenagem ao custo total de R$ 3.239.518,74, conforme segue:
3.1 Execução de 109.606,00 m³ de aterros compactados, incluindo escavações em jazida;
3.2 Transporte do material da jazida até a obra, que é a parcela mais cara – R$ 2.086.024,32 – atendendo às necessidades de qualidade do material e licenciamento da jazida (por isso a distância de 24 Km);
4 – A obra está abandonada desde janeiro de 2015, com mato já crescendo sobre os aterros executados, por isso as fotos divulgadas pelo governo não mostra a terraplenagem já feita;
5 – O valor total do contrato era de R$ 18.281.624,49 e as medições que justificaram os valores faturados podem ser facilmente comprovadas pela empresa gerenciadora do BNDES;
6 – Não há possibilidade contratual de pagamentos terem sido feitos sem a aprovação da Gerenciadora do BNDES;
7 – Por fim, afirmo que todos os preços praticados pela SES sob a minha gestão, em todas as obras de reforma, ampliação e construção de unidades de saúde, são do sistema SINAPI, da Caixa Econômica Federal. Não há, portanto, qualquer base para acusação de superfaturamento dessas obras.